quarta-feira, 4 de maio de 2011

Obama & Osama

Obama fala de Osama:
'O fato é que vocês não verão Bin Laden andando na Terra novamente.'
'É importante para nós garantir que fotos muito detalhadas de alguém que foi baleado na cabeça não fiquem circulando como uma incitação a mais violência e como uma ferramenta de propaganda', declarou Obama.
'Nós não mostramos este material como troféus.'
'O fato é que era alguém que merecia a justiça que recebeu', afirmou Obama.
'Mas não precisamos comemorar..."

Se desde 2001 os acontecimentos que envolveram esses dois povos estivessem sido encarados com tanta segurança e objetividade com o qual está sendo relatado agora com a suposta morte de Osama Bin Laden, não haveria dúvida que ele é um terrorista e que ordenou o "ataque" aos EUA, às torres gêmeas... Assim, a humanidade hesitaria em questionar a invasão de tropas americanas em território muçulmano e seus feitos catastróficos muitas vezes abafados pela mídia, além das ordens de generais americanos e comentários feitos pelo ilustríssimo ex-presidente norte americano, o tal de Bush, que não escondiam o prazer da guerra, de exibirem seu armamento potente para todo o oriente... etc, etc, etc.
Enfim, o que mais encontro em todos esses 10 anos de blá blá blá são dúvidas, incertezas. O tal do "SE isso for verdade..." começa quando liguei a televisão pra assistir o meu desenho matinal e encontrei aviões pilotados por sabe lá quem, atingindo torres sabe-se lá de onde, e que momentos depois, me induziram a pensar que um moço magro, alto e barbudo rodeados por outros homens que usavam vestidos e tinham armas enormes em suas mãos eram os responsáveis por todo aquele desastre.
Por fim, hoje o que nos resta desta história? Dessa novela norte americana? Continuo com as minhas incertezas. É claro que respeito e lamento tantas mortes naquele dia, o 11 de setembro, mas também às vítimas que não tiveram suas mortes divulgadas e dramatizadas nos principais jornais ocidentais, àquelas que suas famílias não puderam chorar frente às câmeras e dizer ao repórter: "Ele(a) era uma pessoa inocente...tinha tantos sonhos!"
Minha intenção aqui não é polarizar a história e dividir seus protagonistas em povo-do-bem e povo-do-mal. Mas esclarecer que Obama não é melhor que Osama, e vice-versa. A diferença entre vocês, meus caros, é apenas uma: um b no lugar do s, ou vice-versa.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O que os anos 90 nos tirou...

O mês de maio mal começou e trouxe aos brasileiros fortes lembranças de compadres desta grande nação. Ainda hoje suas histórias estão muito vivas, sejam em conversas informais ou em debates nas universidades.
No dia 1º de maio, Ayrton, em seguida, no dia 02 de maio, Paulo Freire. São estas as respectivas datas de suas mortes. Ayrton em 1994, Freire em 1997.

Considerado um dos maiores nomes do esporte brasileiro e um dos maiores pilotos da história do automobilismo, Ayrton Senna foi três vezes campeão mundial e registrou seu nome na história mundial. Além de sua habilidade em pilotar, Senna foi um dos esportistas mais admirados. Bastante introspectivo e extremamente passional, costumava pilotar como uma forma de se auto-descobrir e as corridas eram uma metáfora para sua vida:
"Quanto mais eu me esforço, mais eu me encontro. Eu estou sempre olhando um passo à frente, um diferente mundo para entrar, lugares onde eu nunca estive antes. É muito solitário pilotar num GP, mas muito cativante. Eu senti novas sensações e eu quero mais. Essa é a minha excitação, minha motivação."


Educador e filósofo, Paulo Freire destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. Considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, Freire influenciou o movimento chamado pedagogia crítica. Delineou também uma Pedagogia da Libertação relacionada intimamente com a visão marxista de terceiro mundo.
No entanto, a obra de Paulo Freire não se limita a esses campos, tendo eventualmente alcance mais amplo, pelo menos para a tradição de educação marxista, que incorpora o conceito básico de que não existe educação neutra. Segundo a visão de Freire, todo ato de educação é um ato político.
"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo."

As lembranças, sem dúvidas, sempre serão belas.