terça-feira, 3 de maio de 2011

O que os anos 90 nos tirou...

O mês de maio mal começou e trouxe aos brasileiros fortes lembranças de compadres desta grande nação. Ainda hoje suas histórias estão muito vivas, sejam em conversas informais ou em debates nas universidades.
No dia 1º de maio, Ayrton, em seguida, no dia 02 de maio, Paulo Freire. São estas as respectivas datas de suas mortes. Ayrton em 1994, Freire em 1997.

Considerado um dos maiores nomes do esporte brasileiro e um dos maiores pilotos da história do automobilismo, Ayrton Senna foi três vezes campeão mundial e registrou seu nome na história mundial. Além de sua habilidade em pilotar, Senna foi um dos esportistas mais admirados. Bastante introspectivo e extremamente passional, costumava pilotar como uma forma de se auto-descobrir e as corridas eram uma metáfora para sua vida:
"Quanto mais eu me esforço, mais eu me encontro. Eu estou sempre olhando um passo à frente, um diferente mundo para entrar, lugares onde eu nunca estive antes. É muito solitário pilotar num GP, mas muito cativante. Eu senti novas sensações e eu quero mais. Essa é a minha excitação, minha motivação."


Educador e filósofo, Paulo Freire destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. Considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, Freire influenciou o movimento chamado pedagogia crítica. Delineou também uma Pedagogia da Libertação relacionada intimamente com a visão marxista de terceiro mundo.
No entanto, a obra de Paulo Freire não se limita a esses campos, tendo eventualmente alcance mais amplo, pelo menos para a tradição de educação marxista, que incorpora o conceito básico de que não existe educação neutra. Segundo a visão de Freire, todo ato de educação é um ato político.
"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo."

As lembranças, sem dúvidas, sempre serão belas.