domingo, 28 de setembro de 2008

Sonora Brasil - Circuito Heitor Villa-Lobos

Olá! caros leitores,
Após presenciar um facinante espetáculo inspirado em Heitor Villa-Lobos, estou aqui para compartilhar com vocês a essência e o verdadeiro valor da música brasileira.
Apenas registrarei aqui a minha noite de sábado (27/09), para que vocês tenham acesso pela leitura, e, quem sabe na próxima apresentação, desfrutarem ao vivo das belíssimas melodias criadas por este encantador ''Villa-Lobos''.


Criado em 1998, o projeto Sonora Brasil, do Serviço Social do Comércio - SESC - tem a música brasileira como foco. Ele percorre os mais variados recantos do país levando ao público um panorama histórico da nossa música e mostrando ritmos e instrumentos pouco difundidos no universo musical do país.
As presenças marcantes dos espetáculos são a música clássica e a tradição oral, mas também há espaço para a música contemporânea. Como em todos os projetos desenvolvidos pelo SESC, a ação educativa é uma de suas vertentes, atuando na formação de platéias e na abertura de caminhos para difusão da música que não encontra espaço no mercado.
Nesses 11 anos de estrada, o Sonora Brasil já abordou diversos temas para apresentar nossa música, como ''500 anos do brasil'', "A virada do século'' e "A formação da música nacional''.
A temporada de 2008 escolheu como foco a obra de Heitor Villa-lobos (1887-1959), antecipando as homenagens que serão feitas em 2009, ano em que se completa 50 anos de seu falecimento. Considerando por muitos estudiosos o maior compositor das Américas, com mais de mil composições, Villa-Lobos foi o responsável por ter reformulado o conceito de nacionalismo musical.
Segundo as próprias palavras do compositor, ''eu sou brasileiro e bem brasileiro. na minha música deixo cantar os rios e os mares desde grande Brasil. Eu não ponho mordaa na exuberância tropical de nossas florestas e dos nossos céus, que eu transponho instintivamente para tudo que escrevo''.
Até o fim do ano, serão 302 apresentações musicais pelo país, com a participação da Orquestra de Câmara do Estado de Mato grosso e do Quarteto de Sopros da Amazônia e concertos com o violinista Marcus Llerena e a soprano Rosenete Eberhardt.

Quarteto de Sopros da Amazônia

O grupo é formado pelos instrumentistas Cláudio Abrantes, na flauta; Ravi Shankar, no oboé; Vadim Ivanov, na clarineta; e Romeu Rabelo, no fagote. Eles se reuniram para interpretar o repertório de câmara da música brasileira menos conhecidas pelo grande público para esta formação instrumental e para suas variantes de solos, duas e/ou trios.







sábado, 20 de setembro de 2008

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspertiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num incidente doméstico, torno-me um simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo o meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: ''assim eu queria o meu último poema''. não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acentuar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem e torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás da cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando, imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Porque não começa a comer ? Vejo que os três, pai, mãe, e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fóforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a coca-cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: ''parabéns pra você...'' Depois a mãe recolher as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando pra ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. De súbito, dá comigo a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se pertuba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.



Fernando Sabino

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Dois bombardeiros russos aterrissam no território da Venezuela

Dois bombardeiros supersônicos russos Tu-160 aterrissaram nesta quarta-feira em território da Venezuela a fim de realizar vôos de testes em águas internacionais, informou hoje o Ministério da Defesa da Rússia."Dois bombardeiros estratégicos das Forças Aéreas da Rússia realizarão durante os próximos dias várias manobras de vôo em águas neutras, e depois retornarão a suas bases na Rússia", disse a fonte às agências russas.Os Tu-160 aterrissaram em um aeroporto da Venezuela após atravessar o oceano Atlântico em 13 horas, travessia durante a qual foram escoltados por caças russos Su-27 e, durante certo tempo, vigiados por aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)."Todos os vôos das Forças Aéreas da Rússia são realizados em estrito respeito das normas internacionais de uso do espaço aéreo sobre águas internacionais, sem violar as fronteiras de nenhum Estado", disse Aleksandr Drobishevsky, chefe do departamento de imprensa do Ministério da Defesa, citado pela agência "Interfax".O porta-voz militar afirmou que a aviação estratégica russa voa "com regularidade" sobre águas internacionais nos oceanos Atlântico, Pacífico e Ártico, além de no Mar Negro.A Rússia retomou em meados de agosto do ano passado os vôos dos aviões estratégicos a zonas patrulhadas pelos Estados Unidos e pela Otan, suspensos desde 1992.O Tu-160, (Black Jack, segundo a Otan), é capaz de levar 12 foguetes de cruzeiro com ogivas nucleares ou convencionais e 40 toneladas de bombas, e é o maior avião de guerra da história.Na segunda-feira, a Rússia já anunciou o envio de uma esquadra naval ao Caribe para participar de manobras conjuntas com a Marinha da Venezuela em águas do Atlântico.Das manobras participarão o cruzeiro nuclear "Piotr Veliki" e a fragata anti-submarino "Admiral Chabanenko", além de uma embarcação de resgate e um navio-cisterna.A Rússia antecipou que instalaria provisoriamente aviões caça-submarinos em uma base aérea venezuelana.Segundo os analistas russos, tanto a aterrissagem dos aviões estratégicos na Venezuela quanto as manobras navais conjuntas são uma resposta tanto à aproximação da Otan a suas fronteiras como ao desdobramento de elementos do Sistema de Defesa Nacional contra Mísseis americano na Polônia e na República Tcheca.Os dois projetos são considerados pelo Kremlin uma "ameaça direta" para sua segurança.Além disso, a Rússia devolveria a Washington a moeda pelo apoio que deu à Geórgia, à qual teria fornecido durante as últimas semanas armamento em forma de ajuda humanitária para reconstruir as Forças Armadas do país, após a derrota georgiana na Ossétia do Sul.A Venezuela se transformou no principal cliente da indústria militar russa, com contratos em andamento no valor de US$ 4 bilhões.A Rússia sempre defendeu a venda de armamento, tanto à Venezuela quanto ao Irã ou à Síria, cujos regimes se opõem aos Estados Unidos, alegando que não alteram o equilíbrio estratégico nas respectivas regiões.
Bom, o texto é de uma reportagem do jornal A Gazeta.
só postei aqui pra poder seguir uma linha de raciocínio sobre essa suposta '2ª corrida armarmentista' .
Aguardem, e falarei mais sobre isso!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A icógnita latina: as FARC!


As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo, também conhecidas pelo acrônimo FARC ou FARC-EP, é uma organização de inspiração comunista, autoproclamada guerrilha revolucionária marxista-leninista, que opera mediante uso de métodos terroristas e de táticas de guerrilha. Lutam pela implantação do socialismo na Colômbia. As FARC são consideradas organização terrorista pelo governo da Colômbia, pelo governo dos Estados Unidos (como se os EUA praticamente não mandassem e desmandassem na colômbia! hunf), Canadá e pela União Européia. Os governos de outros países latino-americanos governados por presidentes de esquerda, como Equador, Bolívia, Brasil, Argentina e Chile não lhes aplicam esta classificação.
As FARC foram criadas em 64 como aparato militar do Partido Comunista Colombiano. Enquanto originaram-se como um puro movimento de guerrilha, a organização já na década de 80 envolveu-se no tráfico ilícito de entorpecentes, o que provocou a separação formal do Partido Comunista e a formação de uma estrutura política chamada Partido Comunista Colombiano Clandestino.

(Só de curiosidade própria. Achei distindo que uma organização tão 'famosa', revelando a todos os que quiserem ver a sua 'estrutura interna'. Bom, isso pode ser uma grande mentira, ou não sei, pode ser verdade.. Afinal, o quebra-cabeça que as grandes potências fazem, se encaixa.)

A cadeia de comando das FARC está dividida da seguinte forma:
Estado-Maior Central, mais conhecido como o secretariado, é o órgão superior de direcção e de comando das FARC-EP. Os seus acordos, despachos e decisões imperam sobre toda a organização e os seus membros. O secretariado é quem nomeia os líderes de cada bloco, e restringe as áreas que cada bloco deve abranger.
Bloco: grande unidade estratégica de gestão e controle do território. A Colômbia esta dividida em 7 blocos. Cada bloco é composto por cinco ou mais frentes.
Frente: consiste entre 50 a 500 homens e controlam uma determinada zona do país.
Coluna: é uma larga frente.
Companhia: geralmente cerca de 50 homens, permanecem sempre juntos e são responsáveis pelas emboscadas e ataques surpresa contra forças governamentais.
Guerrilha: consiste de dois pelotões.
Pelotão: a unidade básica, composta por 12 combatentes


Bem, isso nem é a metade do que eu ainda lendo sobre as FARC. Quando eu amenizar as minhas dúvidas sobre o Plano Colômbo e o caso Ingrid Bettencourt, voltarei para contar a plena verdade para vocês! hahaha :)

Obrigado à todos, e volte sempre!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Dicas de Redação

Produzir um texto não é tarefa fácil, pois existem inúmeras coisas que podem comprometer o mesmo de forma a dificultar o entendimento daqueles que estão lendo.
Existem alguns erros que são rotineiramente cometidos em produção de textos como:

Pleonasmo:
Também conhecido como redundância, consiste na utilização desnecessária ou repetida de idéias ou apenas palavras que comprometem o entendimento do texto. Pode ser empregado como vício de linguagem ou como figura de linguagem, porém ambos interferem na clareza do texto.
Ex: Vamos subir pra cima.
Estou cursando o curso de Engenharia.


Ambigüidade: Também conhecida como anfibologia, consiste no emprego de palavras que possuem duplicidade de sentido. É considerada vício de linguagem, pois pode ser utilizada de forma inconsciente, por descuido ou ainda de forma proposital. Normalmente acontece quando não existem vírgulas na frase ou quando são utilizadas palavras indevidas.
Ex: Venceu o Brasil a Argentina.
Onde está a cadela da sua irmã?


Cacofonia: Consiste na utilização de palavras que produzem sons desagradáveis ou ainda idéias pejorativas, obscenas e engraçadas.
Ex: Vou-me já
Eu continuo a amar ela
Ele pagou mil reais por cada bolsa

Apesar de existirem vários outros empregos que dificultam a interpretação de um texto, esses são os que mais ocorrem.