quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Um pouco de Fernando Pessoa...

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.... Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora... Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... E o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és... E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O escândalo nosso de cada dia

"Se este fosse um país sério, Sarney seria levado a renunciar. A sociedade não aceitaria essa quantidade embaraçante de desmandos que surgem a cada novo dia no horizonte escuro de Brasília. Basta que lembremos o caso do Reino Unido, onde o Partido Trabalhista, tão tradicional e tão importante na terra da Rainha, está sendo literalmente desintegrado em razão dos sucessivos escândalos de corrupção envolvendo seus membros. Alguns ministros do governo progressista de Gordon Brown já entregaram suas renúncias e esperam apenas a persecução penal que virá certa como a morte. O futuro do atual primeiro-ministro, aliás, é assustador: os trabalhistas devem ser varridos pelos conservadores nas próximas eleições parlamentares britânicas. E tudo por quê? Culpa da crise? Da guerra do Iraque? Que nada! O que mudou os ventos na Inglaterra foi a decidida e firme intolerância dos eleitores daquele país diante da corrupção e dos ataques à democracia.
(...) Temos que fazer nossa própria sorte e nosso próprio futuro! Temos que vencer os tiranos que tentam, por dentro dos mecanismos democráticos, estuprar a ordem legal estabelecida, valendo-se do Estado para auferir benefícios para si e para os seus, sempre em detrimento da sociedade brasileira. Eles nunca vão se render. É preciso, então, vencê-los! É isso, ou a barbárie."
Por Yasha Jose Rizzante Gallazzi



Diante de mais um escândalo nacional, os ditos revolucionários de nossa terra, pedem justiça. Eu, como iniciante numa universidade federal, ouço comentários e protestos de todos os lados. Uns confirmam a "safadeza" (termo utilizado por eles) e outros, embora em menor número, julgam como "intriga da oposição" ou algo do tipo. Embora seja um escândalo, nada é novidade para o brasileiro. Hoje mesmo, ao tomar café e ligar a televisão, por acaso me deparei com uma reportagem no programa da Ana Maria Braga onde se relatavam histórias de empresas que tem como base o vínculo familiar (relação chefe-funcionário). Algumas prosperaram e as gerações preservam este "bem". Porém, está mais que claro que estas "relações" familiares estão presentes também na política brasileira. Este não é o primeiro nem o último caso. Por isso, muitos brasileiros assistem os protestos a Sarney sentados na poltrona de couro importado ou, no caso da maioria, no chão frio de terra batida.
Contudo, há jovens no meu estado, dispostos a protestarem. Convites não me faltaram para me unir a eles, mas, imprevistos e incertezas me cercaram, e para evitar conflitos internos, eu não fui. Espero que os presentes, que representaram a juventude capixaba revolucionária, tomaram conta de suas dúvidas sobre o tal escândalo e foram justos nas suas escolhas. Afinal, como se diz: Ser jovem e não ser revolucionário, é quase uma incompatibilidade genética. risos

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Campanha: Faça um animal feliz!


Compre uma coleira "antilatido" para o seu animal de estimação! Ele vai adorar! Seja ele (o animal): seu primo, sua tia, sua irmã, etc.
DIGA NÃO A CRUELDADE COM ANIMAIS!

segunda-feira, 29 de junho de 2009


O BICHO

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira. Estrela da Vida Inteira.

Dói. É algo desolador e chocante a situação em que milhares de crianças vivem ao redor do mundo. Só no Brasil, 16 crianças e adolescentes são assassinados por dia. As organizações internacionais classificam esse dado como “genocídio”. As causas são muitas, os responsáveis inúmeros e as soluções apresentadas quase nulas. Quando se trata de mortandade infantil, palavras como violência e fome são apenas elementos de um conjunto que podemos denominar de “péssimas condições de vida”. As razões que culminam para esse absurdo número diário de mortes existem e não são poucas, mas é difícil tomarmos providências e até identificar os vilões da história. Seriam as famílias que têm inúmeros filhos ou nossas crianças que, devido à mídia, estão agindo de forma errada? Conclusões estapafúrdias como essas, acreditem, existem!
É mais fácil culpar diversas instâncias paralelas ao Estado do que colocar o dedo na cara de uma figura abstrata. Afinal, o Estado e seus poderes estão aí eleitos por nós, portanto também temos uma parcela de culpa. Por outro lado, eles recebem para, entre outras coisas, prover saúde, educação, moradia e cultura para todos os brasileiros, desde pimpolhos até se tornarem simpáticos velhinhos.
Contudo, salvar a fauna do Brasil é importante, mas nossas crianças, tão aclamadas como “futuro da nação”, também merecem atenção igual ou em maior número. Elas também precisam de carinho e cuidados especiais para se desenvolverem e alçarem vôos bem sucedidos. Enquanto os governantes e a população se manterem inertes e insensíveis quanto aos problemas que afligem os brasileiros nada vai mudar.
Não é um questão de “cada macaco no seu galho”. Isto é questão social! Que deve preocupar a toda uma população. Caso contrário, o futuro será repleto de flores, tartarugas marinhas e ursos panda, mas, e a RAÇA HUMANA?

terça-feira, 9 de junho de 2009

" The true history! "

Após assistir um belíssimo seminário hoje, na aula de antropologia I, deparei-me com uma realidade que, particularmente, nunca havia escutado ou até mesmo, visto. Conheci a verdadeira história da ocupação do território norte-americano: a dizimação de índios e de animais, as construções de estradas em meio às tribos indígenas, o desrespeito dos "brancos" aos tratados feitos com os próprios índios e, por fim, o que mais me emocionou, a história dos grandes guerreiros indígenas, que marcaram não só a sua própria vida, e sim, a história de todo o seu povo e sua cultura.
Como o filme e o livro são extensos em fatos e em detalhes, segue abaixo uma pequena síntese do que o livro retrata. Óbvio que o filme não fica para trás, pois transfere perfeitamente a emoção das palavras escritas por Dee Brown.
Então, eis a obra-prima:
Enterrem meu coração na curva do rio é o eloqüente e meticuloso relato da destruição sistemática dos índios da América do Norte. Lançando mão de várias fontes, como registros oficiais, autobiografias, depoimentos e descrições de primeira mão, Dee Brown faz grandes chefes e guerreiros das tribos Dakota, Ute, Sioux, Cheyenne e outras contar com suas próprias palavras sobre as batalhas contra os brancos, os massacres e rompimentos de acordos etc. Enfim, todo o processo que, na segunda metade do século XIX, terminou por desmoralizá-los, derrotá-los e praticamente extingui-los.
Publicado originalmente nos Estados Unidos em 1970, sob o título de Bury my heart at Wounded Knee, o livro de Dee Brown – um dos maiores especialistas em história norte-americana da atualidade – tornou-se rapidamente um divisor de águas da maneira de se pensar a conquista do Velho Oeste. Propondo uma visão totalmente diferente dos heróicos e falaciosos filmes de faroeste, Enterrem meu coração na curva do rio encontrou eco na consciência norte-americana de então, incomodada pela guerra do Vietnã e pelas disputas raciais. De lá para cá, foi traduzido para dezessete línguas e vendeu quatro milhões de cópias, tornando-se o livro número 1 sobre a conquista do Velho Oeste e a história do extermínio dos pele-vermelha.
Uma obra que merece ser relida sob as conjunturas atuais, por lembrar sobre o alto custo e os baixos escrúpulos envolvidos nos chamados processos civilizatórios que forjaram o dito mundo desenvolvido de hoje.

"O mundo esta tomado de falsas verdades , de falsos heróis e etc... livros como este que é uma obra de arte, são poucos que nos dão a oportunidade de entender a realidade, deste povo tão sofrido, não só na América do Norte mas como temos a história dos nossos nativos daqui tambem... emocionante o livro."
Marcelo Valim / Capão da Canoa-RS

sábado, 30 de maio de 2009

LIBRAS: você sabe o que é?

As LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) é a lingua dos surdos brasileiros. Ao contrário do que muitos imaginam, as línguas de sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. A Língua de Sinais é a língua natural da comunidade surda, constituída por um conjunto de símbolos convencionais, com uma estrutura gramatical própria e permite que os surdos se tornem membros de uma comunidade linguística minoritária diferentes e não como um desvio dos padrões da normalidade esperado por uma sociedade.

A Língua de Sinais é visual/gestual e, além dos sinais realizados com as mãos, também emprega vários outros recursos importantes, como as expressões faciais, direção de olhar, movimentos da boca, permitindo a expressão de um número significativamente amplo de informações linguísticas. A LIBRAS oferece instrumentos e procedimentos para que o surdo estabeleça uma comunicação com os ouvintes em todos os âmbitos: familiar, social e acadêmico. No âmbito familiar é essencial os cuidados com o isolamento e/ou privação das atividades familiares no dia a dia, para que o surdo não se sinta excluído dentro da sua própria família. Já o âmbio social, é de fato muito importante, pois é responsável pela conquista do respeito à sua identidade, a cultura surda e a possibilidade de se comunicar durante suas necessidades cotidianas (atendimentos médicos, comércio, bancos, lazer, trabalho, etc). O âmbito escolar, trabalha com a especificidade, garantindo a aquisição e o uso das LIBRAS. É importante considerar, que quando mais cedo a pessoa surda aprende a Língua de Sinais como primeira língua, mais facilmente e rapidamente terá condições para um melhor desenvolvimento pessoal e consequentemente melhor aproveitamento e mais significativa aprendizagem acadêmica.

Para uma melhor análise, é interessante observar o histórico da sociedade surda paralelo ao desenvolvimento humano como um todo. Desde os primórdios da civilização, Platão e Aristóteles já afirmavam que "Quando o homem não pode falar, não pode também pensar", considerando-os excluídos da sociedade dita normal. O grande calvário dos surdos começa, de fato, quando são denomidados deficientes e associados a doentes mentais, logo, são rejeitados no mercado de trabalho, nas relações sociais no cotidiano e entre outros.
Além disso, com o decorrer dos anos e com a inclusão da tecnologia, os gestos foram proibidos e a oralidade passou a ser obrigatória. Com o Facismo, já no século XX, veio muitas mortes e mais preconceito. E desde esses tempos, a busca pela ética com os surdos têm sido mínima.

Contudo, é importante sairmos do senso comum para não causarmos situações constrangedoras. O mundo dos surdos, contém sim, culturas, valores, tradições e etc, assim como o nosso. Apesar das cobranças para se integrarem no nosso cotidiano de maneira adequada, os surdos encontram até hoje, barreiras que os impedem de se "desenvolverem" como qualquer cidadão comum. Os obstáculos são encontrados desde a educação primária, onde a família, ao dianosticar tardiamente o problema, prejudicam a alfabetização da criança.
E é neste ponto que precisamos analisar a estrutura da educação brasileira. Até que ponto há inclusão do aluno surdo com o aluno ouvinte? Até quando os alunos surdos serão interceptados pelas escolas "normais" por não estarem adequadas ao ensino que eles necessitam? Onde está a ética? E a inclusão?


É necessário que haja escolas especiais para esses alunos, e também que promova a "mistura" entre eles. A inclusão não é feita a partir da separação entre "normais" e "anormais". Ela tem que ser cultivada pelos familiares, professores, meio social, etc... Só assim, poderemos falar de inclusão com mais ética, creio eu.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

23 de abril: Dia internacional do Livro

"Daqui a cinco anos você estará bem próximo de ser a mesma pessoa que é hoje, exceto por duas coisas: os livros que ler e as pessoas de quem se aproximar"

(Charles Jones)

terça-feira, 21 de abril de 2009

O homem. Por Lutero e Maquiavel

Em meio aos meus estudos direcionados à disciplina Formação do Mundo Contemporâneo, me peguei pensando sobre a análise de Lutero e Maquiavel sobre a natureza humana. Um tanto encabulada, procurei separar a diferença de períodos em que eles viveram, e de alguma forma, compreender as suas supostas conclusões. Acompanhem-me.

Para Nicolau Maquiavel, o homem é ruim porque é um "animal". De forma que, esta visão antropocêntrica analise o homem a partir de seus instintos e desejos. Entretanto, na segunda metade do século XV (quando predominava os regimes de principados e monarquias) a monarquia era a idéia de ordem. Até então, a liberdade - por meio da república, era nociva ao homem. Contudo, Maquiavel afirmava que o ser humano deve alcançar honra, fama e glória (já que neste período ressaltava-se a importância das virtudes cardeais).
Agora, como cidadã comum, pergunto eu: Como o homem, naquela época, poderia alcançar virtudes e riquezas, se os 'bens da vida' eram restritos aos príncipes e ao topo da hierarquia da Igreja Católica? Seria este, mais um dos discursos "incentivadores" para que o homem buscasse algo para alcançar a suposta felicidade, sendo que ela estivesse tão distante?
Já Lutero, fundamentado em Agostinho, afirma que o homem é mal por causa do pecado que o origina a ser pecaminoso. É decaído por natureza, é pecador. Tal visão teocêntrica, possibilitou o Luteranismo agir, ou até mesmo renovar, o "antídoto" para esta natureza. Trabalhou com a idéia que o homem é pecador e que nele não se encontra o caminho da salvação, e sim na fé em Cristo Jesus. Em contrapartida, os humanistas afirmavam que o homem é pecador, mas nele há possibilidade de renascer e encontrar o caminho para a salvação - adquirindo virtudes, por exemplo. Baseados no cerne da doutrina luterana, os cristãos acreditavam que as suas atitudes eram tidas como pecaminosas, por estar relacionado ao pecado, a carne.
Estamos certos que grande parte da população seguiu esta doutrina, afinal as religiões protestantes de hoje são - quase todas - fundamentadas no Luteranismo. Mas, um dos motivos da Reforma Luterana foi o surgimento de uma nova estrutura social e econômica, a sociedade capitalista.
E, pergunto eu: A "corja" capitalista já estaria interessada numa nova forma religiosa onde a igreja e seus fiéis fossem submissos ao Estado burguês?

Ah, perguntas. Pra ser sincera - e ignorante - eu queria que elas fossem respondidas por eles, os culpados por esta pertubação em minha mente. risos

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Noite Cultural!

Ontem, 15 de abril do presente ano, a OFES (Orquestra Filarmônica do Espírito Santo) realizou a sua segunda apresentação da Série Quarta Clássica. Com a presença do solista Daniel Guedes (no violino) e do regente Guilherme Mannis, não ficou nenhuma dúvida que o concerto seria um grande espetáculo. Porém, antes de falar mais sobre a apresentação, achei muito importante relatar o "curriculum" de ambos músicos que foram convidados.
Para começar, Daniel Guedes é reconhecido como um dos artistas mais expressivos de sua geração. Estudou em Londres, nos Estados Unidos e no Brasil venceu concursos, como Jovens Concertistas Brasileiros por exemplo - e óbvio que no exterior também conquistou grandes vitórias. Em suas apresentações como solista pelo mundo inclui orquestras brasileiras e também americanas, canadenses e etc. Hoje, Daniel é professor do Conservatório Brasileiro de Música, do Insituto Baccarelli e leciona também nos festivais de Campos do Jordão e Santa Catarina, além de atuar como regente em várias orquestras brasileiras.

O solista Daniel Guedes (à esquerda) e o regente Guilherme Mannis (à direita)

E não fica para trás, Guilherme Mannis, que é bacharel e mestre em música pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista, a Unesp. Atuou como regente assistente de Cláudio Cruz e também à frente de orquestras sinfônicas por todo o Brasil. É formado em piano e teve excelentes professores durante a formação de sua carreira. Guilherme é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Sergipe além de desenvolver projetos didáticos e de interiorização, alcançando um grande número de pessoas.

Além disso, o concerto dedicado aos 200 anos da morte de Haydn teve em seu repertório:

Ludwig van Beethoven (1770 - 1827)
Abertura Coriolano, Op. 92
- Allegro con brio
Estréia em Viena, 1807

Joseph Haydn (1732 - 1809)
Sinfonia nº 104, em ré maior "Londres"
- Adagio
- Allegro
- Andante
- Menuetto: Allegro - Trio
- Finale: spirituoso

Estréia em Londres, 1795

Haydn; período clássico

Ludwig van Beethoven (1770 - 1827)
Concerto para violino e orquestra, em ré maior, Op. 61
- Allegro ma non troppo
- Larghetto
- Rondo
Estréia em Viena, 1806

Beethoven; período romântico

É, acho que nem preciso escrever mais nada sobre o concerto! rs

sábado, 11 de abril de 2009

Lógica?

Sírio Possenti
De Campinas (SP)



Lula ao lado de Gordon Brown, no encontro em que culpou "brancos de olhos azuis" pela crise


Uma repórter que entrevistou Lula em Londres começou pedindo desculpas por ter olhos azuis. Foi sem dúvida uma boa sacada para provocar o presidente ou para fazer rir, mais precisamente, rir dele, talvez acuado. Mas a pergunta revelou também um erro de lógica. Exatamente como o do "ítalo-descendente de pele branca e olhos claros" que entrou com um pedido de explicação no STF "contra" o presidente, por causa de sua declaração culpando a "gente branca de olhos azuis" pela crise. Clóvis Victorio Mezzomo afirma que se sentiu pessoalmente ofendido... (Folha de S. Paulo, 4/4/2009, p. B10).

Freud não disse que toda frase curta é um chiste.


Alguns leitores cometeram a mesma falácia em mensagens que me mandaram pelo e-mail que Terra Magazine fornece para os que querem me desancar ou, eventualmente, manifestar concordância. Diziam que eram brancos etc. e que se sentiram ofendidos. Como se Lula tivesse se referido a eles.
Uma das "técnicas" que se aprendem já no segundo dia das aulas de lógica é que uma coisa é dizer, por exemplo, que "todos os cariocas são brasileiros" e outra que "todos os brasileiros são cariocas". A segunda sentença ou proposição não se deduz da primeira, porque não se pode concluir mais de menos. É que o predicado de uma afirmativa não é universal, ou distribuído, mas sim particular. Portanto, quando a sentença é convertida e ele vai para a posição de sujeito, não pode ser universal (todos); só pode ser particular (alguns). "Os cariocas são brasileiros" significa "todos os cariocas são alguns dos brasileiros". Depois, aprende-se que isso se chama de falácia do consequente ("se o carioca é brasileiro, então o brasileiro é carioca" seria um exemplo dessa falácia).
Voltando à declaração de Lula: convertida em uma sentença com formato das que estão nos silogismos, ele teria dito que "todos os responsáveis por essa crise são brancos de olhos azuis", e não que "todos os brancos de olhos azuis são responsáveis por essa crise". Ou seja, que alguns brancos de olhos azuis são responsáveis - os banqueiros, os Madoffs etc. Pretender fazer parte desse grupelho é erro de lógica ou pura pretensão? Não sei o que é pior.
Aparentemente, ninguém mais estuda isso na escola, uma lástima. Um dia tive que fazer longo exercício de paciência diante de um interlocutor que lera em Freud que os chistes são breves e insistia em achar que todas as suas frases curtas (breves) deveriam ser chistes, como se Freud tivesse escrito que tudo o que é breve é chiste. Uma boa piada.
Ah, sim, como Lula também não deve ter estudado lógica, já que foi por pouco tempo à escola e a que mais frequentou era uma que formava torneiros mecânicos, embora tenha se dado melhor como orador (os oradores são cheios de falácias), respondeu à moça gentil e sorridente, sem esculachar sua falta de lógica. Talvez por não saber nada disso. Talvez por causa dos olhos dela.
Alguns leitores acharam que defendi Lula quando disse que a expressão que empregou não é racista. O texto pode ter soado assim a certos leitores, mas não é o que está escrito. Pelo menos, se o texto for lido logicamente. O que eu disse é que se costuma analisar de forma equivocada muitas das falas de Lula, como se não fosse ele o pouco escolarizado, mas sim os analistas. Diz-se que fala por metáforas quando se vale de comparações ou de metonímias, que acusou todos os brancos, quando não foi o caso etc.
E assim se comete outro erro de lógica, outra falácia: toma-se a crítica das análises erradas como se fosse uma defesa das declarações de Lula e até de suas ações de governo. Um leitor, para mostrar que eu estava errado defendendo o Lula apelou para as manifestações do MST, que o presidente deveria reprimir... E eu falei disso?
Deveríamos ler pelo menos o velho Aristóteles. Também sua Retórica, é claro. Ou mesmo algum manual com a lista das falácias mais comuns. Seria bem mais útil do que uma lista de regras gramaticais.

domingo, 5 de abril de 2009

Mesmo assim...

Nem sempre se pode sonhar
Com aquilo que não se pode ter
Mas que regra mais idiota
Pois quando a gente sonha
É exatamente com o que não temos
E quase sempre com o que mais queremos
E o meu controlador de sonhos
Anda meio encabulado
Eu quis tantas coisas esse ano
Mas quase tudo ficou jogado
Às traças do meu coração
Que esconde sonhos irrealizados

Mesmo assim eu não esqueço
Das promessas que eu fiz para mim

Não quero me desapontar
Mesmo assim eu não me canso de querer
o que é bom pra mim
E quando menos se percebe
O tempo passa como febre
E aquele sonho que parecia
Tão jovem e moderno
Não passa de um retrato na lembrança
Não passa de um desejo de criança
E como fruta que amadurece
E necessita de alguém que coma
A sua polpa que por dentro cresce
Lhe dando corpo e aroma
Os sonhos também apodrecem
Se com o tempo ninguém os reclama

Mesmo assim eu não esqueço
Das promessas que eu fiz para mim...



sábado, 4 de abril de 2009

Gilberto Freyre: O grande mestre brasileiro!

Nascido em 1900, Gilberto Freyre conheceu de perto artistas e intelectuais como o poeta Manuel Bandeira, a pintora Tarsila do Amaral e o ensaísta Sérgio Buarque de Holanda. Isso pode ter influenciado seu estilo de escrever e contribuído para que suas obras, apesar de extensas, sejam consideradas de leitura agradável e com temas envolventes.

No livro As assombrações do Recife Velho, por exemplo, Freyre refletiu sobre possíveis motivos para que lendas de fantasmas e santos estivessem mais presentes na memória dos habitantes de sua cidade natal que histórias de revoluções e lutas populares.
Aos 18 anos, Gilberto Freyre foi para o Texas, nos Estados Unidos, onde iniciou suas pesquisas sobre miscigenação estudando a marginalização social dos negros e dos mexicanos. Sua análise posterior sobre as características da miscigenação no Brasil baseou-se na comparação entre o que se passava com os negros brasileiros e com os norte-americanos.
Além de publicar vários livros, escreveu para diversos jornais. Durante o Estado Novo (1937-1945), criticou publicamente a ditadura de Getúlio Vargas, condenando teorias racistas defendidas pelos grupos facistas e sendo perseguido por isso. Em 1947, seu nome foi indicado para o Prêmio Nobel de Literatura. Em 1954, foi escolhido pela ONU para elaborar um relatório sobre a situação racial na África do Sul.


Faleceu em 1987, após uma vida de intensa produção intelectual, durante a qual suas obras, traduzidas para muitas línguas, se tornaram uma referência para a cultura brasileira e mundial.

Lembranças a ti, grande mestre!

segunda-feira, 16 de março de 2009

O poder da Filosofia

Filosofia é poder; ética e política!

A filosofia é a possibilidade da transcendência humana, ou seja, a capacidade que só o homem têm de superar a sua imanência (situação dada e não escolhida). Pela transcendência, o homem surge como um ser de projeto, capaz de construir o seu destino, capaz de liberdade.
(Aranha e Martins, 1986:48)

A filosofia está diretamente relacionada à vida;
É preciso viver para filosofar!
Mais do que nunca, urge uma filosofia pragmática, não no sentido utilitarista, mas no sentido de se buscar entender a práxis social. No final das contas, a aproximação à filosofia deve ser feita a partir de uma prática sócio-verbal (de reflexão - rigorosa, metódica, orgânica).


* Textos retirados da aula de Introdução à Filosofia.
Profª Geysa Vidon

quinta-feira, 5 de março de 2009

Olha quem voltou!

Dos infinitos dias das minhas férias, estou de volta! Pra ser mais sincera, não sei realmente o motivo pelo qual eu não postei aqui - preguiça? - mas agora voltei com muita determinação!

Bom, voltando ao objetivo do blog...

Hoje, 5 de março de 2009, completa 46 anos da morte de Josef Stalin.
Odiado por muitos, Stalin foi um ditador que matou milhares de russos na tentativa de implantar o socialismo na extinta URSS. Contudo, promoveu um intenso desenvolvimento para a nação, fazendo com que a URSS chegasse a potência mundial. A morte de Stalin deixou rastros na atual Rússia. Pra falar verdade, após o falecimento de Lênin a Rússia nunca mais foi a mesma. Os governos pós Lênin transformaram a URSS num campo minado, porém produtivo. Stalin foi um grande ditador, gerou um intenso crescimento industrial e fez com que a URSS caminhasse para o mundo tecnológico.

Stalin não foi o melhor governante russo - até porque ele era da Geórgia! rs -, porém ele foi 'necessário'.


Adeus, Stalin.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Só fotografias [2]

Um resumo das minhas férias...

04/02/09 - Saudadess vô!

Praia da Costa - ES


João Carlos Martins - Teatro Carlos Gomes

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

UFES 2009!

É isso ai.. passei no vestibular !
Com muito esforço, estudo, concentração e rodeada de bons professores e amigos, a vitória foi alcançada!Devo tudo ao meu Senhor, que me deu forças todo este ano, por tudo que ele tem feito por mim! Não poderia deixar de agradecer aos meus pais, minha irmã, pelo apoio, pelo incentivo, vocês são tudo pra mim! Quero parabenizar os meus amigos: Cássio, Gustavo, Quéren, Rafaela, Tuanne e Vanessa, que também foram aprovados!
Parabéns a todos os vestibulando sque conquistaram a sua aprovação!
E também, não podia deixar passar...
É Darwin, esse ano não foi um dos seus hein! kkk

Obrigada a todos, beijos!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Amazônia, um tesouro ameaçado!

Avançam na comunidade mundial as propostas para internacionalização do maior tesouro verde do Brasil. Tal fato torna-se manchete nos jornais mais famosos do mundo. O conceituado The New York Times publicou um artigo sob o título "De quem é a Amazônia, afinal?", onde cita um comentário do então senador americano Al Gore em 1989: "Ao contrário do que pensam os brasileiros, a Amazônia não é propriedade deles, pertence a todos nós." Três dias antes desta publicação do jornal norte-americano, o jornal inglês The Independent noticiou a demissão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e sem o menor pudor relatou: "Uma coisa está clara. Essa parte do Brasil (a Amazônia) é muito importante para ser deixada com os brasileiros".
O que fica claro, diante das notícias de Nova York e Londres, é que a Amazônia corre grave ameaça. A cobiça de potências estrangeiras não é surpresa e tudo começa pela extensão territorial. A Amazônia Legal se estende por nove Estados e ocupa 61% do território brasileiro. Além disso, o Rio Amazonas é o soberano da Terra em volume de água. Segundo avaliações da ONU, o século 21 será marcado por graves conflitos entre as nações, com origem numa única causa: a escassez de água potável. É isso que torna a Amazônia ainda mais estratégica, pois em seus rios estão 21% da água doce vital ao homem.
Como resalta o The Independent, a Amazônia é uma poderosa reserva de recursos naturais. Mas é óbvio que os estrangeiros não são movidos apenas por boas intenções. Muito além das queimadas e da poluição, eles estão de olho é nas incomensuráveis riquezas da Amazônia. Felizmente, o Exército brasileiro está consciente do perigo. O Ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, disse em recente entrevista em Brasília, que hoje, a Amazônia é o maior foco de preocupações com a segurança.
No entanto, a cobiça internacional estende-se por cerca de dois séculos. Em 1983, a primeira-ministra da Grã-Bretanha, Margaret Thatcher, disse: "Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar dívidas externas, que vendam seus territórios". Mas será que essa seria a única e exclusiva solução, Srtª Thatcher? Já em 1998, o chefe central de informações das Forças Armadas dos EUA, Patrick Hughes, disse: "Caso o Brasil faça um uso da Amazônia que ponha em risco o meio ambiente dos EUA, temos que interromper o processo".

Pronto, agora eles querem guerra? Em plena Floresta Tropical EUA? Será que vocês se lembram da Guerra no Vietnã? Não que isto seja uma ameaça... longe de mim!
Nós, brasileiros, temos que colocarmos na posição de proteger e libertar a Amazônia dos ''invasores''. Penso que, a união da nossa nação que é a solução para os problemas enfrentados nesta região. Sabendo que boa parte da nossa floresta já foi derrubada, queimada, vendida... não machuca, não corrói ninguém... quase ninguém. Não conseguimos imaginar as pessoas que moram lá, afinal, quando se está longe... ah, fica tudo mais fácil, não é?
Temos que lutar contra nós mesmos, contra os índios (loiro de olhos azuis e com chinelo havaianas) capitalistas, as madeireiras e ong's clandestinas e o avanço da agropecuária no centro-oeste do Brasil. As ameaças ao nosso tesouro são incontáveis. Assim, lamentavelmente, muito antes de enfrentar invasores externos, o Brasil terá de invadir uma porção do próprio Brasil para reaver a integridade de seu chão.

Por favor, salvem a amazônia.
obs: Infelizmente não consigo carregar imagens no notebook, por isso, a ausência das mesmas.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Olá companheiros,
escrevo apenas para dizer-lhes que estou de férias, até do blog!
(como se não fosse óbvio. dã! rs)
Porém, guardo em minha mente vários assuntos para comentar e compartilhar informações com vocês. Espero obter sucesso quando for concretizado.
Ah, é inevitável fazer nenhum comentário sobre a invasão israelense na Faixa de Gaza. Mas, como vocês podem ver, este foi o último assunto que eu escrevi aqui no blog, portanto, qualquer informação é só descer a telinha ai!

E como vocês podem ver, blog de cara nova!
Andei pensando seriamente o que representava esse blog pra mim, daí decidi investir somente nos meus textos, temas, fotografias, fatos...
É isso, nada de Hellen por imagem, só por palavras!

Um feliz 2009 à todos!
Beijos, até mais.