Ao me deparar com uma revista que minha mãe assina atualmente, O Correio da UNESCO na Escola, vi a reportagem em destaque que tinha o seguinte dizer: "O mundo vai virar deserto?". Nem preciso falar que abri e li a revista toda. Porém uma dinâmica no Manual do Professor me chamou atenção. Tratava-se da Transposição do rio São Francisco, e colocava diferentes versões para que o aluno pudesse entender e formar a sua própria opinião. Eu, como ainda não tenho uma opinião certa sobre o assunto, pesquisei e estou lendo sobre o assunto. Contudo, isso não quer dizer que eu não saiba sobre o assunto. Até o início do ano eu era a favor, mas depois de assistir a aula de um professor de geografia, ele me passou tantos argumentos favoráveis e não-favoráveis, que eu fiquei meio "lost" (rs).
Bom, achei duas versões interessantes, e decidi postar aqui. Espero que possa ajudar alguém a se decidir, já que eu ainda não consegui tal façanha!
Bom, achei duas versões interessantes, e decidi postar aqui. Espero que possa ajudar alguém a se decidir, já que eu ainda não consegui tal façanha!
A polêmica transposição do rio São Francisco
Proposta de Jurandyr Ross, professor do Departamento de Geografia da USP:
"Pode-se afirmar, com certa segurança, que a deficiência hírdrica do setão nordestino é algo absolutamente contornável com a aplicação de tecnologias de captação, armazenamento e distribuição de água. Os solos rasos e pedregosos, embora dominantes, não são exclusivos. Existem extensas áreas descontínuas que apresentam solos argilosos ou argilo-arenosos naturalmente férteis e que podem ser mais bem aproveitados para a produção agropecuária.
Há, por outro ládo, grandes dificuldades na implantação de projetos agropecuários tecnologicamente sofisticados. Os problemas envolvem tradição cultura, estrutura fundiária, deficiência na formação educacional e também técnica. Assim, os trabalhadores rurais, em função de sua baixa escolaridadee despreparo técnico, dificilmente se transformam em produtores de sistemas tecnologicamente modernos.
Com a transposição de parte das águas do São Francisco, essa região tem a oportunidade de melhorar as condições socioeconômicas a partir do desenvolvimento do programa de biodiesel feito com mamona. (...) Vastas áreas poderão ser transformadas em pontos de produção de dendê e babaçu, também para biodiesel. As atividades ocupariam extensas áreas de terras dubaproveitadas e pouco produtivas e gerariam grande número de empregos e renda.
Com a disponibilidade de água pode-se ainda investir no aperfeiçoamento da pecuária regional, com a criação de bovinos de variedades geneticamente melhoradas, e áreas de cultivo de plantas forrageiras para alimentação dos animais."
"Pode-se afirmar, com certa segurança, que a deficiência hírdrica do setão nordestino é algo absolutamente contornável com a aplicação de tecnologias de captação, armazenamento e distribuição de água. Os solos rasos e pedregosos, embora dominantes, não são exclusivos. Existem extensas áreas descontínuas que apresentam solos argilosos ou argilo-arenosos naturalmente férteis e que podem ser mais bem aproveitados para a produção agropecuária.
Há, por outro ládo, grandes dificuldades na implantação de projetos agropecuários tecnologicamente sofisticados. Os problemas envolvem tradição cultura, estrutura fundiária, deficiência na formação educacional e também técnica. Assim, os trabalhadores rurais, em função de sua baixa escolaridadee despreparo técnico, dificilmente se transformam em produtores de sistemas tecnologicamente modernos.
Com a transposição de parte das águas do São Francisco, essa região tem a oportunidade de melhorar as condições socioeconômicas a partir do desenvolvimento do programa de biodiesel feito com mamona. (...) Vastas áreas poderão ser transformadas em pontos de produção de dendê e babaçu, também para biodiesel. As atividades ocupariam extensas áreas de terras dubaproveitadas e pouco produtivas e gerariam grande número de empregos e renda.
Com a disponibilidade de água pode-se ainda investir no aperfeiçoamento da pecuária regional, com a criação de bovinos de variedades geneticamente melhoradas, e áreas de cultivo de plantas forrageiras para alimentação dos animais."
Proposta de Sílvia de Faria Pereira e Carvalho, professora da UFMG:
"Em 2004, o governo do presidente Lula decidiu iniciar o projeto de transposição das águas do rio São Francisco. trata-se de um projeto caro, avaliado em 1,5 bilhões de dólares, que produzirá intervenção no meio ambiente, na economia e na população que vive nas áreas.
(...) A bacia do São Francisco já está muito degradada e apresenta sérios problemas de erosão em suas margens, com assoreamewnte dos sedimentos em seu leito fluvial. Além disso, a mata ciliar foi destruída, afetando a qualidade e a quantidade de água que deve fluir para o rio. A produção de carvão, que tem como matéria-prima a madeira retirada do cerrado e da caatinga, também acelera a morte do Velho Chico. (...)
Somado ao que foi exposto, a população local denuncia que, ao contrário do que o governo propõe, a transposição beneficiará grandes empresas agrícolas e criatórios de camarões. (...)
A transposição vai alterar a agricultura de vazante das planícies marginais, uma vez que vai mudar a dinâmica da foz do rio São Francisco. A perenização dos rios receptores das águas transpostas também afetará os pequenos agricultores de vazante."
"Em 2004, o governo do presidente Lula decidiu iniciar o projeto de transposição das águas do rio São Francisco. trata-se de um projeto caro, avaliado em 1,5 bilhões de dólares, que produzirá intervenção no meio ambiente, na economia e na população que vive nas áreas.
(...) A bacia do São Francisco já está muito degradada e apresenta sérios problemas de erosão em suas margens, com assoreamewnte dos sedimentos em seu leito fluvial. Além disso, a mata ciliar foi destruída, afetando a qualidade e a quantidade de água que deve fluir para o rio. A produção de carvão, que tem como matéria-prima a madeira retirada do cerrado e da caatinga, também acelera a morte do Velho Chico. (...)
Somado ao que foi exposto, a população local denuncia que, ao contrário do que o governo propõe, a transposição beneficiará grandes empresas agrícolas e criatórios de camarões. (...)
A transposição vai alterar a agricultura de vazante das planícies marginais, uma vez que vai mudar a dinâmica da foz do rio São Francisco. A perenização dos rios receptores das águas transpostas também afetará os pequenos agricultores de vazante."
Após a leitura dessas propostas, fiquei mais confusa ainda. Mas, o certo, é que ninguém sabe o que será melhor ou pior para o rio, para população, para a região, etc.
Espero ter ajudado, mas tenho quase certeza que colaborei para dar um nó maior na cabecinha de vocês (rs).
Beijos!
Espero ter ajudado, mas tenho quase certeza que colaborei para dar um nó maior na cabecinha de vocês (rs).
Beijos!