terça-feira, 21 de abril de 2009

O homem. Por Lutero e Maquiavel

Em meio aos meus estudos direcionados à disciplina Formação do Mundo Contemporâneo, me peguei pensando sobre a análise de Lutero e Maquiavel sobre a natureza humana. Um tanto encabulada, procurei separar a diferença de períodos em que eles viveram, e de alguma forma, compreender as suas supostas conclusões. Acompanhem-me.

Para Nicolau Maquiavel, o homem é ruim porque é um "animal". De forma que, esta visão antropocêntrica analise o homem a partir de seus instintos e desejos. Entretanto, na segunda metade do século XV (quando predominava os regimes de principados e monarquias) a monarquia era a idéia de ordem. Até então, a liberdade - por meio da república, era nociva ao homem. Contudo, Maquiavel afirmava que o ser humano deve alcançar honra, fama e glória (já que neste período ressaltava-se a importância das virtudes cardeais).
Agora, como cidadã comum, pergunto eu: Como o homem, naquela época, poderia alcançar virtudes e riquezas, se os 'bens da vida' eram restritos aos príncipes e ao topo da hierarquia da Igreja Católica? Seria este, mais um dos discursos "incentivadores" para que o homem buscasse algo para alcançar a suposta felicidade, sendo que ela estivesse tão distante?
Já Lutero, fundamentado em Agostinho, afirma que o homem é mal por causa do pecado que o origina a ser pecaminoso. É decaído por natureza, é pecador. Tal visão teocêntrica, possibilitou o Luteranismo agir, ou até mesmo renovar, o "antídoto" para esta natureza. Trabalhou com a idéia que o homem é pecador e que nele não se encontra o caminho da salvação, e sim na fé em Cristo Jesus. Em contrapartida, os humanistas afirmavam que o homem é pecador, mas nele há possibilidade de renascer e encontrar o caminho para a salvação - adquirindo virtudes, por exemplo. Baseados no cerne da doutrina luterana, os cristãos acreditavam que as suas atitudes eram tidas como pecaminosas, por estar relacionado ao pecado, a carne.
Estamos certos que grande parte da população seguiu esta doutrina, afinal as religiões protestantes de hoje são - quase todas - fundamentadas no Luteranismo. Mas, um dos motivos da Reforma Luterana foi o surgimento de uma nova estrutura social e econômica, a sociedade capitalista.
E, pergunto eu: A "corja" capitalista já estaria interessada numa nova forma religiosa onde a igreja e seus fiéis fossem submissos ao Estado burguês?

Ah, perguntas. Pra ser sincera - e ignorante - eu queria que elas fossem respondidas por eles, os culpados por esta pertubação em minha mente. risos

Um comentário:

Valmy disse...

Boa reflexão, poderá trazer inovação de pensamento se for perseverante na investigação desse caminho.

Veja meu blog: http://igrejaprimitivahoje-valmy.blogspot.com/

Teologia, Evangelho e Capitalismo