segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O escândalo nosso de cada dia

"Se este fosse um país sério, Sarney seria levado a renunciar. A sociedade não aceitaria essa quantidade embaraçante de desmandos que surgem a cada novo dia no horizonte escuro de Brasília. Basta que lembremos o caso do Reino Unido, onde o Partido Trabalhista, tão tradicional e tão importante na terra da Rainha, está sendo literalmente desintegrado em razão dos sucessivos escândalos de corrupção envolvendo seus membros. Alguns ministros do governo progressista de Gordon Brown já entregaram suas renúncias e esperam apenas a persecução penal que virá certa como a morte. O futuro do atual primeiro-ministro, aliás, é assustador: os trabalhistas devem ser varridos pelos conservadores nas próximas eleições parlamentares britânicas. E tudo por quê? Culpa da crise? Da guerra do Iraque? Que nada! O que mudou os ventos na Inglaterra foi a decidida e firme intolerância dos eleitores daquele país diante da corrupção e dos ataques à democracia.
(...) Temos que fazer nossa própria sorte e nosso próprio futuro! Temos que vencer os tiranos que tentam, por dentro dos mecanismos democráticos, estuprar a ordem legal estabelecida, valendo-se do Estado para auferir benefícios para si e para os seus, sempre em detrimento da sociedade brasileira. Eles nunca vão se render. É preciso, então, vencê-los! É isso, ou a barbárie."
Por Yasha Jose Rizzante Gallazzi



Diante de mais um escândalo nacional, os ditos revolucionários de nossa terra, pedem justiça. Eu, como iniciante numa universidade federal, ouço comentários e protestos de todos os lados. Uns confirmam a "safadeza" (termo utilizado por eles) e outros, embora em menor número, julgam como "intriga da oposição" ou algo do tipo. Embora seja um escândalo, nada é novidade para o brasileiro. Hoje mesmo, ao tomar café e ligar a televisão, por acaso me deparei com uma reportagem no programa da Ana Maria Braga onde se relatavam histórias de empresas que tem como base o vínculo familiar (relação chefe-funcionário). Algumas prosperaram e as gerações preservam este "bem". Porém, está mais que claro que estas "relações" familiares estão presentes também na política brasileira. Este não é o primeiro nem o último caso. Por isso, muitos brasileiros assistem os protestos a Sarney sentados na poltrona de couro importado ou, no caso da maioria, no chão frio de terra batida.
Contudo, há jovens no meu estado, dispostos a protestarem. Convites não me faltaram para me unir a eles, mas, imprevistos e incertezas me cercaram, e para evitar conflitos internos, eu não fui. Espero que os presentes, que representaram a juventude capixaba revolucionária, tomaram conta de suas dúvidas sobre o tal escândalo e foram justos nas suas escolhas. Afinal, como se diz: Ser jovem e não ser revolucionário, é quase uma incompatibilidade genética. risos

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