quarta-feira, 8 de julho de 2009

Campanha: Faça um animal feliz!


Compre uma coleira "antilatido" para o seu animal de estimação! Ele vai adorar! Seja ele (o animal): seu primo, sua tia, sua irmã, etc.
DIGA NÃO A CRUELDADE COM ANIMAIS!

segunda-feira, 29 de junho de 2009


O BICHO

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira. Estrela da Vida Inteira.

Dói. É algo desolador e chocante a situação em que milhares de crianças vivem ao redor do mundo. Só no Brasil, 16 crianças e adolescentes são assassinados por dia. As organizações internacionais classificam esse dado como “genocídio”. As causas são muitas, os responsáveis inúmeros e as soluções apresentadas quase nulas. Quando se trata de mortandade infantil, palavras como violência e fome são apenas elementos de um conjunto que podemos denominar de “péssimas condições de vida”. As razões que culminam para esse absurdo número diário de mortes existem e não são poucas, mas é difícil tomarmos providências e até identificar os vilões da história. Seriam as famílias que têm inúmeros filhos ou nossas crianças que, devido à mídia, estão agindo de forma errada? Conclusões estapafúrdias como essas, acreditem, existem!
É mais fácil culpar diversas instâncias paralelas ao Estado do que colocar o dedo na cara de uma figura abstrata. Afinal, o Estado e seus poderes estão aí eleitos por nós, portanto também temos uma parcela de culpa. Por outro lado, eles recebem para, entre outras coisas, prover saúde, educação, moradia e cultura para todos os brasileiros, desde pimpolhos até se tornarem simpáticos velhinhos.
Contudo, salvar a fauna do Brasil é importante, mas nossas crianças, tão aclamadas como “futuro da nação”, também merecem atenção igual ou em maior número. Elas também precisam de carinho e cuidados especiais para se desenvolverem e alçarem vôos bem sucedidos. Enquanto os governantes e a população se manterem inertes e insensíveis quanto aos problemas que afligem os brasileiros nada vai mudar.
Não é um questão de “cada macaco no seu galho”. Isto é questão social! Que deve preocupar a toda uma população. Caso contrário, o futuro será repleto de flores, tartarugas marinhas e ursos panda, mas, e a RAÇA HUMANA?

terça-feira, 9 de junho de 2009

" The true history! "

Após assistir um belíssimo seminário hoje, na aula de antropologia I, deparei-me com uma realidade que, particularmente, nunca havia escutado ou até mesmo, visto. Conheci a verdadeira história da ocupação do território norte-americano: a dizimação de índios e de animais, as construções de estradas em meio às tribos indígenas, o desrespeito dos "brancos" aos tratados feitos com os próprios índios e, por fim, o que mais me emocionou, a história dos grandes guerreiros indígenas, que marcaram não só a sua própria vida, e sim, a história de todo o seu povo e sua cultura.
Como o filme e o livro são extensos em fatos e em detalhes, segue abaixo uma pequena síntese do que o livro retrata. Óbvio que o filme não fica para trás, pois transfere perfeitamente a emoção das palavras escritas por Dee Brown.
Então, eis a obra-prima:
Enterrem meu coração na curva do rio é o eloqüente e meticuloso relato da destruição sistemática dos índios da América do Norte. Lançando mão de várias fontes, como registros oficiais, autobiografias, depoimentos e descrições de primeira mão, Dee Brown faz grandes chefes e guerreiros das tribos Dakota, Ute, Sioux, Cheyenne e outras contar com suas próprias palavras sobre as batalhas contra os brancos, os massacres e rompimentos de acordos etc. Enfim, todo o processo que, na segunda metade do século XIX, terminou por desmoralizá-los, derrotá-los e praticamente extingui-los.
Publicado originalmente nos Estados Unidos em 1970, sob o título de Bury my heart at Wounded Knee, o livro de Dee Brown – um dos maiores especialistas em história norte-americana da atualidade – tornou-se rapidamente um divisor de águas da maneira de se pensar a conquista do Velho Oeste. Propondo uma visão totalmente diferente dos heróicos e falaciosos filmes de faroeste, Enterrem meu coração na curva do rio encontrou eco na consciência norte-americana de então, incomodada pela guerra do Vietnã e pelas disputas raciais. De lá para cá, foi traduzido para dezessete línguas e vendeu quatro milhões de cópias, tornando-se o livro número 1 sobre a conquista do Velho Oeste e a história do extermínio dos pele-vermelha.
Uma obra que merece ser relida sob as conjunturas atuais, por lembrar sobre o alto custo e os baixos escrúpulos envolvidos nos chamados processos civilizatórios que forjaram o dito mundo desenvolvido de hoje.

"O mundo esta tomado de falsas verdades , de falsos heróis e etc... livros como este que é uma obra de arte, são poucos que nos dão a oportunidade de entender a realidade, deste povo tão sofrido, não só na América do Norte mas como temos a história dos nossos nativos daqui tambem... emocionante o livro."
Marcelo Valim / Capão da Canoa-RS

sábado, 30 de maio de 2009

LIBRAS: você sabe o que é?

As LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) é a lingua dos surdos brasileiros. Ao contrário do que muitos imaginam, as línguas de sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. A Língua de Sinais é a língua natural da comunidade surda, constituída por um conjunto de símbolos convencionais, com uma estrutura gramatical própria e permite que os surdos se tornem membros de uma comunidade linguística minoritária diferentes e não como um desvio dos padrões da normalidade esperado por uma sociedade.

A Língua de Sinais é visual/gestual e, além dos sinais realizados com as mãos, também emprega vários outros recursos importantes, como as expressões faciais, direção de olhar, movimentos da boca, permitindo a expressão de um número significativamente amplo de informações linguísticas. A LIBRAS oferece instrumentos e procedimentos para que o surdo estabeleça uma comunicação com os ouvintes em todos os âmbitos: familiar, social e acadêmico. No âmbito familiar é essencial os cuidados com o isolamento e/ou privação das atividades familiares no dia a dia, para que o surdo não se sinta excluído dentro da sua própria família. Já o âmbio social, é de fato muito importante, pois é responsável pela conquista do respeito à sua identidade, a cultura surda e a possibilidade de se comunicar durante suas necessidades cotidianas (atendimentos médicos, comércio, bancos, lazer, trabalho, etc). O âmbito escolar, trabalha com a especificidade, garantindo a aquisição e o uso das LIBRAS. É importante considerar, que quando mais cedo a pessoa surda aprende a Língua de Sinais como primeira língua, mais facilmente e rapidamente terá condições para um melhor desenvolvimento pessoal e consequentemente melhor aproveitamento e mais significativa aprendizagem acadêmica.

Para uma melhor análise, é interessante observar o histórico da sociedade surda paralelo ao desenvolvimento humano como um todo. Desde os primórdios da civilização, Platão e Aristóteles já afirmavam que "Quando o homem não pode falar, não pode também pensar", considerando-os excluídos da sociedade dita normal. O grande calvário dos surdos começa, de fato, quando são denomidados deficientes e associados a doentes mentais, logo, são rejeitados no mercado de trabalho, nas relações sociais no cotidiano e entre outros.
Além disso, com o decorrer dos anos e com a inclusão da tecnologia, os gestos foram proibidos e a oralidade passou a ser obrigatória. Com o Facismo, já no século XX, veio muitas mortes e mais preconceito. E desde esses tempos, a busca pela ética com os surdos têm sido mínima.

Contudo, é importante sairmos do senso comum para não causarmos situações constrangedoras. O mundo dos surdos, contém sim, culturas, valores, tradições e etc, assim como o nosso. Apesar das cobranças para se integrarem no nosso cotidiano de maneira adequada, os surdos encontram até hoje, barreiras que os impedem de se "desenvolverem" como qualquer cidadão comum. Os obstáculos são encontrados desde a educação primária, onde a família, ao dianosticar tardiamente o problema, prejudicam a alfabetização da criança.
E é neste ponto que precisamos analisar a estrutura da educação brasileira. Até que ponto há inclusão do aluno surdo com o aluno ouvinte? Até quando os alunos surdos serão interceptados pelas escolas "normais" por não estarem adequadas ao ensino que eles necessitam? Onde está a ética? E a inclusão?


É necessário que haja escolas especiais para esses alunos, e também que promova a "mistura" entre eles. A inclusão não é feita a partir da separação entre "normais" e "anormais". Ela tem que ser cultivada pelos familiares, professores, meio social, etc... Só assim, poderemos falar de inclusão com mais ética, creio eu.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

23 de abril: Dia internacional do Livro

"Daqui a cinco anos você estará bem próximo de ser a mesma pessoa que é hoje, exceto por duas coisas: os livros que ler e as pessoas de quem se aproximar"

(Charles Jones)

terça-feira, 21 de abril de 2009

O homem. Por Lutero e Maquiavel

Em meio aos meus estudos direcionados à disciplina Formação do Mundo Contemporâneo, me peguei pensando sobre a análise de Lutero e Maquiavel sobre a natureza humana. Um tanto encabulada, procurei separar a diferença de períodos em que eles viveram, e de alguma forma, compreender as suas supostas conclusões. Acompanhem-me.

Para Nicolau Maquiavel, o homem é ruim porque é um "animal". De forma que, esta visão antropocêntrica analise o homem a partir de seus instintos e desejos. Entretanto, na segunda metade do século XV (quando predominava os regimes de principados e monarquias) a monarquia era a idéia de ordem. Até então, a liberdade - por meio da república, era nociva ao homem. Contudo, Maquiavel afirmava que o ser humano deve alcançar honra, fama e glória (já que neste período ressaltava-se a importância das virtudes cardeais).
Agora, como cidadã comum, pergunto eu: Como o homem, naquela época, poderia alcançar virtudes e riquezas, se os 'bens da vida' eram restritos aos príncipes e ao topo da hierarquia da Igreja Católica? Seria este, mais um dos discursos "incentivadores" para que o homem buscasse algo para alcançar a suposta felicidade, sendo que ela estivesse tão distante?
Já Lutero, fundamentado em Agostinho, afirma que o homem é mal por causa do pecado que o origina a ser pecaminoso. É decaído por natureza, é pecador. Tal visão teocêntrica, possibilitou o Luteranismo agir, ou até mesmo renovar, o "antídoto" para esta natureza. Trabalhou com a idéia que o homem é pecador e que nele não se encontra o caminho da salvação, e sim na fé em Cristo Jesus. Em contrapartida, os humanistas afirmavam que o homem é pecador, mas nele há possibilidade de renascer e encontrar o caminho para a salvação - adquirindo virtudes, por exemplo. Baseados no cerne da doutrina luterana, os cristãos acreditavam que as suas atitudes eram tidas como pecaminosas, por estar relacionado ao pecado, a carne.
Estamos certos que grande parte da população seguiu esta doutrina, afinal as religiões protestantes de hoje são - quase todas - fundamentadas no Luteranismo. Mas, um dos motivos da Reforma Luterana foi o surgimento de uma nova estrutura social e econômica, a sociedade capitalista.
E, pergunto eu: A "corja" capitalista já estaria interessada numa nova forma religiosa onde a igreja e seus fiéis fossem submissos ao Estado burguês?

Ah, perguntas. Pra ser sincera - e ignorante - eu queria que elas fossem respondidas por eles, os culpados por esta pertubação em minha mente. risos

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Noite Cultural!

Ontem, 15 de abril do presente ano, a OFES (Orquestra Filarmônica do Espírito Santo) realizou a sua segunda apresentação da Série Quarta Clássica. Com a presença do solista Daniel Guedes (no violino) e do regente Guilherme Mannis, não ficou nenhuma dúvida que o concerto seria um grande espetáculo. Porém, antes de falar mais sobre a apresentação, achei muito importante relatar o "curriculum" de ambos músicos que foram convidados.
Para começar, Daniel Guedes é reconhecido como um dos artistas mais expressivos de sua geração. Estudou em Londres, nos Estados Unidos e no Brasil venceu concursos, como Jovens Concertistas Brasileiros por exemplo - e óbvio que no exterior também conquistou grandes vitórias. Em suas apresentações como solista pelo mundo inclui orquestras brasileiras e também americanas, canadenses e etc. Hoje, Daniel é professor do Conservatório Brasileiro de Música, do Insituto Baccarelli e leciona também nos festivais de Campos do Jordão e Santa Catarina, além de atuar como regente em várias orquestras brasileiras.

O solista Daniel Guedes (à esquerda) e o regente Guilherme Mannis (à direita)

E não fica para trás, Guilherme Mannis, que é bacharel e mestre em música pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista, a Unesp. Atuou como regente assistente de Cláudio Cruz e também à frente de orquestras sinfônicas por todo o Brasil. É formado em piano e teve excelentes professores durante a formação de sua carreira. Guilherme é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Sergipe além de desenvolver projetos didáticos e de interiorização, alcançando um grande número de pessoas.

Além disso, o concerto dedicado aos 200 anos da morte de Haydn teve em seu repertório:

Ludwig van Beethoven (1770 - 1827)
Abertura Coriolano, Op. 92
- Allegro con brio
Estréia em Viena, 1807

Joseph Haydn (1732 - 1809)
Sinfonia nº 104, em ré maior "Londres"
- Adagio
- Allegro
- Andante
- Menuetto: Allegro - Trio
- Finale: spirituoso

Estréia em Londres, 1795

Haydn; período clássico

Ludwig van Beethoven (1770 - 1827)
Concerto para violino e orquestra, em ré maior, Op. 61
- Allegro ma non troppo
- Larghetto
- Rondo
Estréia em Viena, 1806

Beethoven; período romântico

É, acho que nem preciso escrever mais nada sobre o concerto! rs