quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Dois bombardeiros russos aterrissam no território da Venezuela

Dois bombardeiros supersônicos russos Tu-160 aterrissaram nesta quarta-feira em território da Venezuela a fim de realizar vôos de testes em águas internacionais, informou hoje o Ministério da Defesa da Rússia."Dois bombardeiros estratégicos das Forças Aéreas da Rússia realizarão durante os próximos dias várias manobras de vôo em águas neutras, e depois retornarão a suas bases na Rússia", disse a fonte às agências russas.Os Tu-160 aterrissaram em um aeroporto da Venezuela após atravessar o oceano Atlântico em 13 horas, travessia durante a qual foram escoltados por caças russos Su-27 e, durante certo tempo, vigiados por aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)."Todos os vôos das Forças Aéreas da Rússia são realizados em estrito respeito das normas internacionais de uso do espaço aéreo sobre águas internacionais, sem violar as fronteiras de nenhum Estado", disse Aleksandr Drobishevsky, chefe do departamento de imprensa do Ministério da Defesa, citado pela agência "Interfax".O porta-voz militar afirmou que a aviação estratégica russa voa "com regularidade" sobre águas internacionais nos oceanos Atlântico, Pacífico e Ártico, além de no Mar Negro.A Rússia retomou em meados de agosto do ano passado os vôos dos aviões estratégicos a zonas patrulhadas pelos Estados Unidos e pela Otan, suspensos desde 1992.O Tu-160, (Black Jack, segundo a Otan), é capaz de levar 12 foguetes de cruzeiro com ogivas nucleares ou convencionais e 40 toneladas de bombas, e é o maior avião de guerra da história.Na segunda-feira, a Rússia já anunciou o envio de uma esquadra naval ao Caribe para participar de manobras conjuntas com a Marinha da Venezuela em águas do Atlântico.Das manobras participarão o cruzeiro nuclear "Piotr Veliki" e a fragata anti-submarino "Admiral Chabanenko", além de uma embarcação de resgate e um navio-cisterna.A Rússia antecipou que instalaria provisoriamente aviões caça-submarinos em uma base aérea venezuelana.Segundo os analistas russos, tanto a aterrissagem dos aviões estratégicos na Venezuela quanto as manobras navais conjuntas são uma resposta tanto à aproximação da Otan a suas fronteiras como ao desdobramento de elementos do Sistema de Defesa Nacional contra Mísseis americano na Polônia e na República Tcheca.Os dois projetos são considerados pelo Kremlin uma "ameaça direta" para sua segurança.Além disso, a Rússia devolveria a Washington a moeda pelo apoio que deu à Geórgia, à qual teria fornecido durante as últimas semanas armamento em forma de ajuda humanitária para reconstruir as Forças Armadas do país, após a derrota georgiana na Ossétia do Sul.A Venezuela se transformou no principal cliente da indústria militar russa, com contratos em andamento no valor de US$ 4 bilhões.A Rússia sempre defendeu a venda de armamento, tanto à Venezuela quanto ao Irã ou à Síria, cujos regimes se opõem aos Estados Unidos, alegando que não alteram o equilíbrio estratégico nas respectivas regiões.
Bom, o texto é de uma reportagem do jornal A Gazeta.
só postei aqui pra poder seguir uma linha de raciocínio sobre essa suposta '2ª corrida armarmentista' .
Aguardem, e falarei mais sobre isso!

Nenhum comentário: