sábado, 4 de abril de 2009

Gilberto Freyre: O grande mestre brasileiro!

Nascido em 1900, Gilberto Freyre conheceu de perto artistas e intelectuais como o poeta Manuel Bandeira, a pintora Tarsila do Amaral e o ensaísta Sérgio Buarque de Holanda. Isso pode ter influenciado seu estilo de escrever e contribuído para que suas obras, apesar de extensas, sejam consideradas de leitura agradável e com temas envolventes.

No livro As assombrações do Recife Velho, por exemplo, Freyre refletiu sobre possíveis motivos para que lendas de fantasmas e santos estivessem mais presentes na memória dos habitantes de sua cidade natal que histórias de revoluções e lutas populares.
Aos 18 anos, Gilberto Freyre foi para o Texas, nos Estados Unidos, onde iniciou suas pesquisas sobre miscigenação estudando a marginalização social dos negros e dos mexicanos. Sua análise posterior sobre as características da miscigenação no Brasil baseou-se na comparação entre o que se passava com os negros brasileiros e com os norte-americanos.
Além de publicar vários livros, escreveu para diversos jornais. Durante o Estado Novo (1937-1945), criticou publicamente a ditadura de Getúlio Vargas, condenando teorias racistas defendidas pelos grupos facistas e sendo perseguido por isso. Em 1947, seu nome foi indicado para o Prêmio Nobel de Literatura. Em 1954, foi escolhido pela ONU para elaborar um relatório sobre a situação racial na África do Sul.


Faleceu em 1987, após uma vida de intensa produção intelectual, durante a qual suas obras, traduzidas para muitas línguas, se tornaram uma referência para a cultura brasileira e mundial.

Lembranças a ti, grande mestre!

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